Resenha do livro: A viagem de Cilka

 Dessa vez eu consegui amar o livro e achar a leitura densa ao mesmo tempo. Aos fofos que estão caindo neste post de paraquedas, "A viagem de Cilka" é a sequência do livro "O tatuador de Auschwitz", no post anterior eu expliquei certinho o contexto histórico da época que basicamente vale para os dois livros. A diferença no contexto histórico (desculpa aí pela repetição) é que nesse segundo livro a segunda guerra já chega em seu fim e se passa nos gulags (tipo um campo de concentração) na União Soviética. Agora chega de fofoca histórica e vamos para a sinopse do livro. 

SINOPSE

O livro começa quando Cilka é libertada do campo de concentração de Auschwitz (nazista) e é acusada pela União Soviética (comunista) de ser apoiadora do nazismo por ter tido relações sexuais FORÇADAS com o líder de Auschwitz. Por conta disso, Cilka é presa no gulag de Vorkuta, localizado na cidade de Vorkuta que fica perto do polo norte, com temperaturas absurdamente frias. Mesmo com as dificuldades impostas pelo frio, os prisioneiros desse gulag são obrigados a fazer trabalhos braçais ao ar livre, nas minas de carvão. Por conta do frio e dos acidentes no local de trabalho, as pessoas que trabalham nas minas precisam constantemente de atendimento médico. Logo Cilka é chamada para ser a enfermeira do hospital, acontecem várias coisas, vários casos médicos e diversas conexões mesmo em um espaço tão cruel. Cilka inclusive se apaixona. Será que o amor ultrapassa as barreiras de uma prisão soviética cruel? Será que o amor aprisiona ou liberta? Isso, meu amores, vocês só vão descobrir quando lerem essa obra maravilhosa, escrita pela autora Heather Morris e é baseado em uma história real.

MINHA OPINIÃO SOBRE

Eu tinha amado o primeiro livro e consegui amar o segundo livro também. "A viagem de Cilka" é um tapa na cara de quem concorda com algum extremismo. Heather Morris primeiro me fez odiar ainda mais o nazismo e depois fritou meu cérebro quando me fez odiar o comunismo também. O livro é um romance, mas ao mesmo tempo não é um livro romântico. Os personagens são bem desenvolvidos, mas o PAR ROMÂNTICO de Cilka não tem muito desenvolvimento. O fato de Cilka trabalhar no hospital e todo o amor que ela sentia ao cuidar dos pacientes me fez continuar acreditando que existem pessoas que simplesmente nasceram para fazer aquilo que fazem. As cenas são bem feitas e bem claras, o livro é muito bom mesmo, mas não vai ganhar 5 estrelas porque eu só descobri no final que o marido de Cilka não tinha aquele nome, eles mudaram o nome dele no livro para não interferir na vida dos descendentes dele, super entendi a justificativa, mas queria saber porque o livro não me avisou no início. Depois da raiva que eu passei, voltei a amar o livro, não podia esperar um livro feliz, animador e que me desse vontade de viver porque tudo se passa em um momento caótico da história e eu sabia desde o início, não esperava nada diferente. Recomendo para os loucos por história, ou para aqueles que não gostam de história e só conseguem aprender a matéria por meio de romances (vulgarmente chamado de: "meu caso") enfim, espero de verdade que vocês tenham gostado da resenha. Quem sou eu? Garota do blog, xoxo



Obs: Se você chegou até aqui, senta em uma cadeira confortável, pega um café e relaxa porque eu sei que você quer ler o livro e ficou curioso(a) para saber mais sobre a época. Durante a Segunda Guerra Mundial, A Alemanha nazista era inimiga da União Soviética comunista, ambos os sistemas aprisionavam e torturavam os prisioneiros que na maioria das vezes não tinham feito nada. A vida nos campos de concentração se resumia em trabalhos braçais em minas ou em construções, quando os prisioneiros perdiam as condições de produzir em favor do governo eram jogados no frio (no caso do gulag de Vorkuta) ou eram postos em câmaras de gás tóxico (no caso de Auschwitz). Os sobreviventes foram aqueles que obedeceram os líderes dos campos, sendo estupradas (no caso de Cilka) ou ajudando diretamente os líderes (no caso de Lale que atuava como tatuador). Por conta desse ser o fator de sobrevivência, muitos deles acabaram sendo acusados de serem favoráveis ao governo nazista e por conta disso foram presos pelos agentes da União Soviética (foi o que aconteceu com Cilka) e alguns que conseguiram se livrar das acusações ficaram com medo pelo resto da vida (como aconteceu com Lale). Foi sim um período cruel, mas precisa ser estudado e eu espero ter ajudado todos vocês, conhecimento é poder, lembrem-se disso. Amo vocês :)


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