Resenha do livro: É assim que começa
"É assim que acaba" foi um dos primeiros livros da Colleen Hoover que eu li, na época considerei ele o meu favorito da vida inteirinha, aos poucos o livro começou a ganhar muita fama e na minha vida vieram outros livros. Foi assim que parei de considerar "É assim que acaba" como meu favorito, mas apesar de ter perdido o favoritismo, não perdeu a importância que tem para mim. Por isso quando vi que tinha lançado o segundo livro, eu e minha irmã ficamos completamente obcecadas com a ideia de ler logo.
Não vou fazer essa resenha do modo como estou acostumada (deu vontade de fazer diferente dessa vez), mas prometo que ao longo dessa postagens vocês vão saber de todas as informações necessárias.
Lily e Atlas se encontram no fim do primeiro livro e a autora foi cuidadosa o bastante para iniciar o segundo livro do exato ponto em que o primeiro terminou. É um livro muito mais leve do que os que a Colleen costuma escrever (e eu gostei disso), acho que por ter lido "É assim que acaba" a muitos anos acabei não conseguindo me apegar tanto aos personagens de novo. Nesse segundo livro a Lily e o Atlas iniciam um relacionamento e precisam lidar com Ryle (o ex marido abusivo de Lily), precisam lidar com o aparecimento inesperado de uma pessoa da família que nem sabiam que existia e precisam lidar com toda a dinâmica de um casal em meio à pressão da vida adulta. Quando passaram a comentar sobre esse livro eu logo fiquei aterrorizada pensando que teria um triângulo amoroso, mas ainda bem que não teve, Ryle é um babaca insuportável, sempre importante afirmar isso.
O casal teve química, mas senti falta de alguma coisa, o Atlas é um fofo e a Lily é incrível, o desenvolvimento da personalidade de cada um deles foi extremamente bem feito, mas o desenvolvimento da trama em geral me deixou esperando que tivesse sido um pouco melhor, o que não é um ponto negativo já que a proposta desse livro é muito diferente, a intenção da autora era dar um final feliz, com os personagens afastando todos os obstáculos da vida e com tudo dando certo, é uma proposta muito boa, mas em alguns momentos eu senti como se faltasse o lado humano, faltou dar mais espaço para os pensamentos da Lily, faltou um erro do Atlas que fizesse o leitor entender que ele era real. Eu sei que ele não era real, é um livro de ficção, mas a melhor parte dos livros da Colleen é poder sentir que tudo aquilo existe de verdade, é poder sofrer pensando nos personagens, é poder terminar o livro e levar 10 minutos para entender que a dor dos personagens é ficcional. Nada disso eu consegui sentir no livro.
Em relação ao lado mais técnico dessa resenha, a escrita foi fluida, consegui ler rapidinho, os conflitos foram retomados no final, ou seja, não aconteceu da autora ter jogado um problema e ter deixado sem desenvolver. Os personagens secundários continuaram com a essência do primeiro livro e as interações de Atlas com as crianças foi o ponto alto do livro. Eu estava com muita saudade da escrita da minha autora favorita e o livro valeu muito a pena. Dei 4 estrelas <3
P.s: talvez para entender essa resenha seja necessário dar uma olhadinha na resenha de "É assim que acaba".
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