Resenha do livro: Primeiro eu tive que morrer

Bommm dia, foi uma leitura tão rápida que precisei pausar tudo o que eu estava fazendo para comentar sobre esse livro com vocês.

SINOPSE

O livro conta a história de uma jovem publicitária que vive para trabalhar, a carga de trabalho é tão grande e o ambiente é tão desgastante que ela vivencia um burnout, que é uma espécie de colapso mental gerado pelo excesso de estudo ou trabalho. A partir de ordens médicas e diante da preocupação de seus amigos, ela sai da capital do Ceará e viaja para o interior: Jericoacoara, onde ela busca renascer e se reencontrar. É o livro de estreia da autora Lorena Portela.

MINHA OPINIÃO 

Quando se passa muito tempo analisando livros é quase automático dividir as minhas opiniões pessoais das minhas opiniões técnicas, pessoalmente eu gostei do livro, é cativante, magnético, prende do início ao fim, mas tecnicamente tem MUITAS falhas, o que é aceitável para uma obra de estreia.

Sobre os pontos negativos: é uma escrita superficial, tem um enredo que promete se aprofundar em diversas questões, mas não se aprofunda. Parece que tudo foi extremamente calculado para ser postado nas redes sociais, com várias frases de efeito, trechos de música instagramáveis, discursos que ficam na superficialidade do que foi proposto, frases rasas, desenvolvimento anêmico, capenga e um romance mal feito. A questão do romance não faz com que o leitor sinta apego pelas personagens, senti falta de diálogos, a conexão física foi notória, mas e a conexão emocional? é muito difícil um leitor se apegar quando não tem material para gerar esse apego, quando os diálogos não são expansivos, quando as falas não se interligam, quando a gente recebe apenas migalhas de uma relação que tinha TUDO pra ser bem explorada, afinal as personagens são umas queridas.

Fora isso, ainda existiram várias situações que não foram explicadas, a personagem que eu mais me apeguei parece ter sido uma assombração que sumiu e a autora nem explicou o motivo. Quem é Amália? Por que  personagem principal não tem nome? Qual é o mistério da lagoa? Por que a Glória foi atacada do nada? De onde a Amália surgiu e pra onde ela foi? POR QUE NINGUÉM TÁ FALANDO DE TUDO O QUE NÃO RECEBEU RESPOSTA? A personagem mais interessante e cativante foi a Amália, que teve um desenvolvimento horrível e nem recebeu um desfecho. Mas na teoria que eu acabei de criar a Amália é a própria protagonista.

Agora sobre os pontos positivos: Eu gostei da leitura, simplesmente por isso eu dei 4 estrelas, li rápido, foi uma experiência bacana, é mal feito todo cheio de falhas mas eu gostei e vocês sabem que pra mim a experiência conta muito mais do que qualquer tipo de análise técnica. A protagonista é tão ferrada que cativou, a Guida é uma querida, Luana é cheia de sonhos e todas as personagens tiveram um ponto positivo (saudades Amália que não sei pra onde foi). Além disso, o livro é nacional, a escrita não é difícil e a capa é PERFEITA. Não me arrependo de ter lido, recomendo bastante. Acho muito incrível quando eu reconheço todo o tipo de erro e mesmo assim o livro não perde a graça, eu praticamente devorei "primeiro eu tive que morrer" e os questionamentos que restaram vão me deixar entretida formulando teorias pelo resto da semana, não precisa ser um livro bom pra ser BOM de fato, o que vale é se distrair um pouco, ler um trechinhos de músicas legais que autora soltou em momentos aleatórios e achar a capa bonitinha pra postar nos stories (que inclusive já postei umas duas fotos desse livro por lá).

instagram: @blogdeumaanonimaa



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